Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas
Girleno Alencar
A Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas foi criada e
instalada na noite de quinta-feira, em Montes Claros, sendo a primeira
instituição acadêmica setorial da região, pois será formada apenas por obreiros
das 75 lojas maçônicas dos 94 municípios de jurisdição do Conselho de
Veneráveis do Norte de Minas (Convenorte). O veterano “imortal” Wanderlino
Arruda foi eleito presidente organizador e será empossado oficialmente no dia
19 de março, para efetivar o registro oficial do Estatuto e do Regimento
Interno.
O
presidente Wanderlino Arruda salienta que os levantamentos iniciais apontam
aproximadamente cinquenta maçons aptos a participarem da Academia de Letras,
por serem escritores, jornalistas, poetas e terem amplo conhecimento das
letras. Ele lembra que existem várias academias maçônicas de letras no Brasil,
mas a criada em Montes Claros se diferencia por ser de abrangência regional.
“Vamos estimular ainda mais a atividade cultural no meio maçônico. Temos
ilustres obreiros de relevância cultural” – destaca o presidente, que carrega a
experiência de participação na criação de várias Academias, de 24 Rotary Clubes
e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.
A reunião para criação da Academia
Maçônica de Letras ocorreu na sede da Loja Maçônica Filhos de Hiram, de Montes
Claros, no Bairro São José. O venerável André Ricardo Bastos Queiroz lembra que
a loja maçônica decidiu aproveitar o antigo espaço do atelier para criar uma
Biblioteca, mas quando foi procurado pela direção do Convenorte para a
instalação da Academia Maçônica, não pensou duas vezes, cedendo logo o espaço.
A loja tem alguns dos imortais, como Célio Barbosa de Castro, Iran Rego, Samuel
Figueira, além de outros.
O
presidente do Conselho de Veneráveis do Norte de Minas, Silvio Césa Carvalho
explica que a criação da Academia Maçônica de Letras foi uma iniciativa que
surgiu na década de 80, diante do alto potencial de maçons nesta área. No ano
de 2009, o então presidente do Convenorte, Hércules Costa e Silva retomou o
projeto, que passou a ser lapidado e agora ocorre o seu desiderato. No mês de
novembro de 2013, Silvio Césa formou a Comissão de Criação, com a participação
de Geraldo Antônio Dias Guimarães, Itamaury Telles e Wanderlino Arruda para
elaborarem todo processo de criação da Academia.
Apesar de
criada pelo Convenorte, a Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas manterá
o estilo das academias similares: será uma entidade paramaçônica, sem
vinculação direta com o Convenorte. A instituição criada terá quarenta cadeiras
com patronos maçons do Norte de Minas, já falecidos. Os primeiros levantamentos
apontam a participação de obreiros da Maçonaria de Bocaiúva, Francisco Sá,
Janaúba, Januária, Montes Claros, Pirapora, São Francisco, São João do Paraiso,
Taiobeiras e Várzea da Palma.
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